Ogros se reúnem sempre. Entre um golo e outro, vem a idéia de uma nova viagem, nem sempre concretizada, mas muito sonhada.
O dia a dia e seus atropelos também fizeram minguar diversas de nossas viagens, por maior que fosse o esforço e a vontade de realizá-las. Em mais uma dessas vezes de reunião, sentamos no boteco da vez para falar da possível ida para Guarapari.
Para quem não conhece, Guarapai é uma cidade de porte médio localizada no litoral capixaba e que é destino comum a milhares de mineiros na época das férias e feriados. Não é nada sofisticado. É o destino da classe média.
Imersos em devaneios e vontades, falamos de diversos destinos antes de decidir por Guarapari. Um amigo, que já foi Ogro do mês aqui no blog, o Ogro mestre, e que possui um restaurante, durante a semana marcou mais uma reunião para sacramentar o destino e apresentar as oportunidades.
Como sempre, este verdadeiro Ogro viajante apresentou uma grande oportunidade. Uma casa com 3 quartos num condomínio fechado, com piscina e um grande gramado, em primeira locação. Conseguiu tudo pela internet.
Fechado o negócio, viajamos.
A casa era mesmo sensacional, e no gramado fizemos churrasco e futebol de sabão, com uma lona comprada lá mesmo. Tudo da melhor qualidade. A piscina curava as ressacas homéricas e os fogos em andamento, o que diminuiu os problemas dos Ogros com as patroas.
Num dia comum, saímos para visitar uma praia pequena e quase deserta, que se chama praia dos padres ( ou seria frades?). Uma descida bem íngreme nos esperava, e cada um ainda carregava suas tralhas de praia ( cadeira, guarda sol etc ), além de comidas. A descida, além de íngreme, não contava com degraus em todos os pontos, e rampas de grama se misturavam a projetos de escada, forçando um passo vagaroso de todos nós.
Num destes lances de grama, ainda orvalhado, eis que surge o Super Ogro. Até então, era apenas um Ogro trabalhador, plaqueiro e bom motorista que carregava o isopor mais importante da trupe. O isopor da bebida. Mas de repente, escorregou na grama e foi chinelo para um lado, óculos para o outro, barriga para baixo, isopor para cima e copo, já com batida, voando sem rumo.
Como o Super que se tornou, caiu de costas, desviou dos óculos, aparou a tampa com a barriga, o isopor com uma das mãos e ainda não deixou derramar um pingo da batida.
Revelada a identidade do Super Ogro. Como num passe de mágica, levantou, sacudiu a poeira e deu a volta por cima.
A marcha continuou ladeira abaixo, não sem um pensamento na cabeça:
- Devíamos ter filmado, e em câmera lenta. Essa não acontece de novo nem em mil anos. Valeu, Super Ogro.
A viagem ainda se desdobra, mas....esta é outra história!!
O Ogro.
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