terça-feira, 15 de julho de 2014

Calzone

O vestibular aconteceu na data prevista mas as aulas iriam começar depois nas escolas federais naquele ano, devido às greves e às obrigatórias reposições de aulas.

Um Ogro primo e outro amigo se juntaram comigo para uma viagem de divertimento garantido.

Adolescentes, com um certo dinheirinho no bolso, muita testosterona e boca de cabrito, não tem jeito de ser ruim.

Em direção à Bahia, passamos por algumas cidades do Espírito Santo. Por fim, chegamos a Porto Seguro e de tabela Arraial D´ajuda e Trancoso.

Com dinheiro contado, começamos a economizar na comida para sobrar para a cerveja. Coisa comum de adolecente. No restaurante que elegemos como o mais barato e suficientemente bom, as atendentes estavam solidárias com nossa economia. Todo dia nosso prato era o mais cheio e caprichado do restaurante. Nunca vimos tanta fartura comendo prato feito. O dono do restaurante, muito animado e bacana, ainda lancava gozações sobre as atendentes. Meu primo Ogro, o Ogroprimo, bom de bico, ainda trocava olhares com as meninas. Eu queria só comer. Até que um dia veio o prato especial..

Nunca havíamos visto aquilo e depois também nunca mais veríamos. Nos trouxeram um imenso, enorme, quase grotesco Calzone. Aquele pastel assado tipo uma pizza dobrada no meio, mas muito, muito maior do que o maior que já havia visto. Mas o mais inusitado e maluco foi o recheio. Fizeram um maravilhoso macarrão à bolonhesa com quieijo derretido colado na massa super crocante. Ainda procuro lembrar se foi a fome ( o melhor tempero de qualquer comida ), ou se estava mesmo maravilhoso.

O certo é que tudo foi consumido, sem deixar nem meio pedaço para trás.

Isto é mesmo comida de Ogro.

o Ogro.

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