quinta-feira, 26 de junho de 2014

Embutido de dar água na boca

13/05/2014

Na volta das viagens ao Rio ou a Cabo Frio e Búzios, é comum parar na serra de Petrópolis para uma boquinha. Desta vez Ogros famintos e sedentos invadiram a Casa do Alemão, e sem como conseguir lugar, pelo menos em espaço de tempo aceitável, foram para o concorrente, a Pavelka. 

Parar ali sempre foi obrigatório, e a conhecida fidelidade e aversão a mudanças dos mineiros  prevaleceu e nunca antes o Pavelka havia sido adentrado.

O lugar naquele momento era o contrário do outro. Vaziiiiiiiioooooo, retumbava o eco, vindo lá de  dentro. O,O,O,OOOOO. Fácil achar mesa, cadeira e garçom, mas uma pulga cutucava a orelha de todos.

Ao pedir, um Ogro acostumado com os produtos locais, mas não especificamente daquele, sugeriu o sanduiche de pastrami, um defumado feito com a carne do "peito" da vaca ( não as tetas ), que deve se referir ao mesmo corte da maçã de peito. Não conheciam, mas pagaram para ver. Como ninguém é de ferro, um copo de chopp foi pedido. Depois outros, somente para os não motoristas. Isso deu maior sabor ao prato. Parecia uma Oktoberfest, especialmente feita para fechar com chave de ouro nossas peripécias. Afinal, o que havíamos aprontado em Búzios não estava no gibi. Ficaria para sempre. E agora, fechado com chave de ouro.

O Pastrami, fatiado milimetricamente e passado numa frigideira com manteiga estava com suas voltas sobrando para fora do pão de leite, como que mostrando cheiro e sabor. O queijo prato derretido segurava o pastrami, que ameaçava cair. Somente depois de três rodadas é que resolvemos parar. Afinal, ainda havia muitos quilômetros pela frente.
Isto não nos impediu de tomar de assalto a lojinha ao lado do restaurante para comprar todo o tipo de embutidos, chocolates, biscoitos, doces e balas, como uma horda ainda faminta de Ogros, passando por um vilarejo medieval.

Que nada! Tudo pago e acertado, os Ogros partiram com um sentimento de quero mais,  ansiosos para chegar logo em casa e preparar os produtos comprados. Desta vez sem dividir com ninguém. Não houve surpresa em nosso encontro logo em seguida, inclusive para falar da viagem, quando cada um contou como fez o pastrami, seguindo ou não as recomendações do garçom. 

Enfim, muito entusiasmo e pouco resultado. Ninguém conseguiu chegar sequer aos pés do sanduiche oferecido e todos ficaram a ver navios. Tentamos inúmeras vezes comprar o pastrami e repetir a tentativa, mas nunca deu certo. Hoje apelei. Escrevi diretamente para a empresa que administra a Pavelka e pedi não somente os telefones dos distribuidores no Brasil, como fotos e receitas do famigerado sanduiche. Incluo aqui então, a foto do que fiz, e que ficou faltando uns 20% para chegar ao original. Segue como fazer.

Ingredientes - 2 sanduiches:

Pastrami - O encontrado foi Royal, uma marca do Sul do país. Não recomendamos Sadia, Seara e seus pares. As grandes não fazem os embutidos da forma artesanal, então o gosto não é o mesmo; - 400g ;
Queijo Prato - Foi comprado o queijo prato da marca Tirolez, que é muito bom para outros tipos de queijo, inclusive o Reino e o Gouda - 200g;
Pão de Leite - Comprado fresco diretamente na padaria - Tipo uma bisnaguinha - 50 g cada. Esta deveria ser nossa melhor opção, mas compramos mesmo foi um pão de forma wickbold de Leite.
Manteiga - Por sorte tinha uma manteiga que adoramos, a Aviação. Ainda em lata de lata, esta manteiga usa quase o sobro de leite, em comparação com as outras. É claro que custa o dobro, também. Só para citar lembrei do requeijão deles, que é especialmente cremoso.
Em momento oportuno, vale conhecer estes e outros ingredientes de outras receitas mais a miúde.

Em fogo baixo, derretemos uma colher de sopa de manteiga. Antes da manteiga corar, colocamos o pastrami para dar uma quebrada de temperatura, mas é só, virando uma vez para cada lado, as fatias. Dividimos as fatias em duas pilhas e colocamos as de queijo em cima. Para a manteiga não começar a queimar, passamos um dos lados do pão na manteiga que excedeu. Na próxima colocamos menos manteiga.
Depois do queijo derretido, foi só colocar no pão, partir ao meio e servir. Com uma mostarda amarela e outra escura, não tem nada melhor. 

Só o original!!!

O Ogro. 



O Ogro.

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