Em visita à casa de um Ogro em início de ascensão, foi constatada mais uma faceta Ogra. Ogro não tem classe social. Volto, então ao início para reafirmar. Ogro é simplesmente Ogro.
Em conversas regadas a cerveja Haineken e camarão, apareceu o assunto separação.
Entreolham-se os quatro, já que as patroas estavam, e o papo continua.
De indignação passamos ao riso.
Foi o seguinte: Como estão em fase final de construção de uma casa em um condomínio fechado dos melhores de BH, os gastos são altos, os orçamentos extrapolam, o pedreiro não vai, o eletricista abandona a obra, o motorista pede contas, e muito mais.
O casamento estremeceu. As brigas ficaram maiores que o de costume e um dia a mulher falou para o Ogro:
"Assim não dá, vamos separar. " E foi surpreendida com a resposta de pronto.
"Tudo bem, vamos. Mas tem uma coisa. Primeiro vamos segurar essa onda por mais 6 meses e terminar a casa. Assim, disse o Ogro financista, vamos apurar um valor maior na venda e nós dois ficaremos melhor após a separação." Mais calma, maneou com a cabeça, com um SIM.
" É, mas não é só isso. Vamos ter que te preparar para o mercado. Temos que levantar peitos, inflar a bunda, colocar lentes e um clareamento nos dentes." Assim fica mais fácil sua recolocação."
Surpresa e indignação do outro lado.
" E não é só isso não. Quem vai achar um novo marido pra você sou eu. Tem que ser um cara bacana, bonitão, educado e bem de vida. Possivelmente um amigo meu. Depois eu espalho e vamos ver quem aparece."
"Mas...."
"Não tem mas, o acordo é esse. Seis meses e eu escolho o marido novo. Não vai ficar peruando não. E minha filha não vai ter padastro chato, e nem eu vou ficar brigando com o marido novo."
Vão dormir, imagino que em quartos separados. De manhã, ao acordar, ela passa por ele na mesa de café, bate em seu ombro e extingue o processo.
" Melhor desistir." Falou, pensando na confusão armada.
Tem Ogro de todo jeito.
O Ogro.
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